terça-feira, 29 de março de 2011

Comunidade de Inteligência

O CRÍTICO DESAFIO DA INTEGRAÇÃO
Comunicação, cultura, e cooperação na inteligência científica e técnica
Lily E. Johnston
O presente artigo é uma adaptação de um documento que foi finalista da DNI Galileu Competição de 2007, programa que premia autores dos trabalhos que propõe soluções inovadoras aos desafios na área da Comunidade de Inteligência.
Resumo
Os resultados dos estudos recentes da Comunidade de Inteligência (CI), da C&T e de novas armas sugerem que a comunidade está insuficientemente preparada para cumprir sua missão de evitar surpresas tecnológicas. O autor Lily E. Johnston, da CIA, argumenta que a CI deve compreender melhor os desafios levantados pelo ambiente científico e tecnológico global e ajustar-se para enfrentá-los. Se a CI não absorver fluência na comunicação nesse campo de cultura dinâmica, ela não dominará totalmente e nem compreenderá os novos desenvolvimentos estrangeiros de C&T e em seus contextos sociais, políticos ou militares.
Johnston propõe caminhos para a inovação, incluindo a promoção de maior especialização em C&T, uma melhor compreensão das consequências das tecnologias de utilização mista, criando coletores proficientes em C&T, impulsionando a combinação de peritos em C&T nas equipes, e integrando analistas, coletores e especialistas.
Introdução
A Comunidade de Inteligência [está] particularmente vulnerável às surpresas do “que muda rapidamente e prontamente - tecnologias emergentes e disponíveis, cujo o uso… pode conduzir à ameaças sérias e inesperadas.
Um oficial veterano de administração… descreveu que a capacidade da CI para perscrutar as fontes de C&T e armas como “singela” e “medíocre na melhor das hipóteses”.
Comentários como esse acima, extraídos do relatório da Comissão de WMD de 2005, são a régua, não a exceção, nos debates a respeito das potencialidades da C&T de inteligência – isto referente a habilidade dessa comunidade de coletar e analisar serviços secretos estrangeiros e de produzir os relatórios que geram opções políticas. O relatório da comissão e o trabalho de outras Comunidades de estudos da área de inteligência impulsionam esforços para reformas, e os processos de inteligência da C&T apresentam consequentes melhorias. Entretanto, duas coisas devem ser feitas para aperfeiçoar um sistema vulnerável.
Primeiramente, devemos compreender que o mundo da ciência e da tecnologia tem cultura e comunicações próprias, e devemos expandir o número de pessoas capazes de prospectarem essas formas de comunicação e de cultura. De fato, nós devemos por a “C&T” como importância estratégica enquanto recrutamos e desenvolvemos pessoas para trabalhar em campos tradicionais do alvo duro.
Em segundo, devemos redefinir a cooperação em três níveis entre analistas e coletores, entre integrantes da CI, e entre integrantes da CI, a universidade e a indústria. Isto exigirá a criação de um sistema novo em que os peritos da comunicação, da cultura e da C&T possuam habilidades e competências a fim recolher e analisar a direção estrangeira quanto à inteligência científica e técnica.
Como solução eu proponho a constituição de equipes multidisciplinares e integradas a C&T, fazendo coleta e análise – esta é uma aproximação estratégica para problemas estratégicos. Minhas recomendações invocam o espírito das recomendações da Comissão da WMD e das comissões de estudos da CI e constroem a esperança de prevenir potenciais armadilhas e interesses diversos.
Apesar dessas recomendações, deve-se considerar que não há uma única solução diante do desafio de melhorar os trabalhos na inteligência científica e tecnológica. Os esforços em uma frente ampla são necessários, e, com investimentos na área da C&T de inteligência, muitos objetivos e práticas estão sendo encaminhados.
O mundo não é redondo e a guerra não é fria: a natureza mutável da C&T
Estamos nos confrontando com adversários que estão conseguindo exponenciais melhorias em suas operações através da ampla disponibilidade de tecnologia de ponta, cujos custos de Ciência e Desenvolvimento são o sonho de todo o CEO (Chief Executive Officer): zero. ...Nós enfrentamos um jogo difícil diante dos desafios do mundo de hoje, e que são diferentes daqueles do último século – não somente porque nossos adversários são diferentes no tipo e no caráter, mas também porque suas armas e recursos técnicos são diferentes no tipo e no caráter.[...]
(Fonte: CIA)

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