quinta-feira, 31 de março de 2011

Coleta de Informação para a atividade de Inteligência

Modalidades e meios de coleta das informações para serem utilizadas na Inteligência

Humint (human intelligence / inteligência humana): Trabalho de fontes humanas; contato direto com os Alvos e Cenários.

Sigint (signals intelligence / inteligência de sinais): Interceptação e decodificação de comunicações e sinais eletromagnéticos e divide-se em:
- Comint (communications intelligence / inteligência de comunicações): informações obtidas pela interceptação, processamento, pré-análise das comunicações e monitoramento das transmissões.
- Elint (electronics intelligence / inteligência eletrônica): informações obtidas através de interceptação, processamento e pré-análise de sinais eletromagnéticos não-comunicacionais, emitidos por equipamentos militares e civis.

Imint (imagery intelligence / inteligência de imagens): Produção e interpretação de imagens fotográficas e multiespectrais.

Masint (measurement and signature intelligence / inteligência de assinaturas e mensurações): Mensuração de emanações sísmicas, térmicas etc, e identificação de “assinatura” (sinais característicos e individualizados de veículos, plataformas e sistemas de armas).

Osint (open sources intelligence / inteligência de fontes abertas): Fontes públicas – impressas ou eletrônicas.

terça-feira, 29 de março de 2011

Comunidade de Inteligência

O CRÍTICO DESAFIO DA INTEGRAÇÃO
Comunicação, cultura, e cooperação na inteligência científica e técnica
Lily E. Johnston
O presente artigo é uma adaptação de um documento que foi finalista da DNI Galileu Competição de 2007, programa que premia autores dos trabalhos que propõe soluções inovadoras aos desafios na área da Comunidade de Inteligência.
Resumo
Os resultados dos estudos recentes da Comunidade de Inteligência (CI), da C&T e de novas armas sugerem que a comunidade está insuficientemente preparada para cumprir sua missão de evitar surpresas tecnológicas. O autor Lily E. Johnston, da CIA, argumenta que a CI deve compreender melhor os desafios levantados pelo ambiente científico e tecnológico global e ajustar-se para enfrentá-los. Se a CI não absorver fluência na comunicação nesse campo de cultura dinâmica, ela não dominará totalmente e nem compreenderá os novos desenvolvimentos estrangeiros de C&T e em seus contextos sociais, políticos ou militares.
Johnston propõe caminhos para a inovação, incluindo a promoção de maior especialização em C&T, uma melhor compreensão das consequências das tecnologias de utilização mista, criando coletores proficientes em C&T, impulsionando a combinação de peritos em C&T nas equipes, e integrando analistas, coletores e especialistas.
Introdução
A Comunidade de Inteligência [está] particularmente vulnerável às surpresas do “que muda rapidamente e prontamente - tecnologias emergentes e disponíveis, cujo o uso… pode conduzir à ameaças sérias e inesperadas.
Um oficial veterano de administração… descreveu que a capacidade da CI para perscrutar as fontes de C&T e armas como “singela” e “medíocre na melhor das hipóteses”.
Comentários como esse acima, extraídos do relatório da Comissão de WMD de 2005, são a régua, não a exceção, nos debates a respeito das potencialidades da C&T de inteligência – isto referente a habilidade dessa comunidade de coletar e analisar serviços secretos estrangeiros e de produzir os relatórios que geram opções políticas. O relatório da comissão e o trabalho de outras Comunidades de estudos da área de inteligência impulsionam esforços para reformas, e os processos de inteligência da C&T apresentam consequentes melhorias. Entretanto, duas coisas devem ser feitas para aperfeiçoar um sistema vulnerável.
Primeiramente, devemos compreender que o mundo da ciência e da tecnologia tem cultura e comunicações próprias, e devemos expandir o número de pessoas capazes de prospectarem essas formas de comunicação e de cultura. De fato, nós devemos por a “C&T” como importância estratégica enquanto recrutamos e desenvolvemos pessoas para trabalhar em campos tradicionais do alvo duro.
Em segundo, devemos redefinir a cooperação em três níveis entre analistas e coletores, entre integrantes da CI, e entre integrantes da CI, a universidade e a indústria. Isto exigirá a criação de um sistema novo em que os peritos da comunicação, da cultura e da C&T possuam habilidades e competências a fim recolher e analisar a direção estrangeira quanto à inteligência científica e técnica.
Como solução eu proponho a constituição de equipes multidisciplinares e integradas a C&T, fazendo coleta e análise – esta é uma aproximação estratégica para problemas estratégicos. Minhas recomendações invocam o espírito das recomendações da Comissão da WMD e das comissões de estudos da CI e constroem a esperança de prevenir potenciais armadilhas e interesses diversos.
Apesar dessas recomendações, deve-se considerar que não há uma única solução diante do desafio de melhorar os trabalhos na inteligência científica e tecnológica. Os esforços em uma frente ampla são necessários, e, com investimentos na área da C&T de inteligência, muitos objetivos e práticas estão sendo encaminhados.
O mundo não é redondo e a guerra não é fria: a natureza mutável da C&T
Estamos nos confrontando com adversários que estão conseguindo exponenciais melhorias em suas operações através da ampla disponibilidade de tecnologia de ponta, cujos custos de Ciência e Desenvolvimento são o sonho de todo o CEO (Chief Executive Officer): zero. ...Nós enfrentamos um jogo difícil diante dos desafios do mundo de hoje, e que são diferentes daqueles do último século – não somente porque nossos adversários são diferentes no tipo e no caráter, mas também porque suas armas e recursos técnicos são diferentes no tipo e no caráter.[...]
(Fonte: CIA)

segunda-feira, 28 de março de 2011

CÓDIGO BINÁRIO

Consiste num sistema de numeração, formado por dois algarismos, que só admite duas possibilidades, sempre contrárias. É representado pelo “0” e pelo “1”. De forma que no código binário, sempre que se chega no “1”, volta-se ao “0”
O sistema binário é a base dos microprocessadores, pois os mesmos trabalham com sinais eletromagnéticos. Assim, o “0” representa o sinal eletromagnético de baixa tensão e o “1” o de alta tensão. De forma simplificada pode-se dizer que o “0” é desligado e o “1” é ligado. Qualquer comunicação de microprocessadores terá essa combinação mínima que associa esses dois símbolos: “0” e “1”.
Os computadores são fontes eletromagnéticas que armazenam informações múltiplas de bits que tem o comprimento de oito bits (octetos). Esse comprimento de oito bits é chamado de byte e foi construído para representar os 256 códigos possíveis para os microprocessadores (letras, símbolos, números, assentos e sinais que compreendem os teclados dos computadores).
Assim, cada byte (conjunto de oito bits), representa um código dos 256 possíveis, iniciando no 0 e atingindo o 255. Exemplo:
Código      Byte
   0       00000000
   1       00000001
   2       00000010
  …              …
 254      11111110
 255      11111111

sexta-feira, 25 de março de 2011

TEORIA DA INFORMAÇÃO

A Teoria da Informação ou Teoria Matemática da Comunicação se dedica ao estudo das probabilidades e das estatísticas que perfazem as transmissões de dados, plataformas e veículos de comunicações, sistemas de criptografia, compressão de dados, codificações, busca de ruídos, produção ou correção de erros, análise de sinais e graus de segredos das informações.
Claude E. Shannon (1916-2001) é considerado o pai da Teoria da Informação, pois foi o primeiro a tratar as comunicações como problemas matemáticos e de estatística a serem analisadas pelos sinais eletromagnéticos emitidos em bits.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Compreensão Multidisciplinar da Inteligência

Quatro pontos fundamentais:
- Funcionalidade e Operacionalidade: estruturar um ciclo de Inteligência que consiga se adequar às necessidades do Planejamento Estratégico da Organização, submetido aos avanços das atividades de Inteligência, processos e tecnologias.
- Historiografia e Gestão: estudar as experiências do uso da Inteligência, compreendendo as causas de sucessos e de insucessos.
-Organização e Cenário: estudar o desenvolvimento institucional da Inteligência aplicada por Organizações e os respectivos Cenários em que atuaram, planejaram ou previram.
- Poder Político: estudar a Inteligência preventiva desenvolvida por Organizações para a tomada de decisões operacionais.

terça-feira, 22 de março de 2011

Diferenças entre Espionagem, Investigação e Inteligência

Espionagem: Ação que serve-se de subterfúgios e equipamentos para espiar pessoas, grupos, empresas etc . Busca saber o que está ocorrendo no presente.
Investigação: Procedimento metodológico que busca elucidar fatos e acontecimentos passados. Seu objetivo é compreender sobre processos passados .
Inteligência: Ciência que coleta, pesquisa, analisa, interpreta, julga e coordena as informações consideradas sensíveis ou estratégicas . Seu objetivo é identificar as dinâmicas, ações e potenciais fatos do futuro, construindo cenários.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Algumas definições apresentadas pela ISO31000

Risco: É toda a incerteza e seus efeitos sobre o objetivo. É a possibilidade de algo acontecer, ser definido, mensurado, ou determinado de forma objetiva ou subjetiva, quantitativa ou qualitativamente.
Estrutura da Gestão de Riscos: Conjunto de componentes que fornecem as bases e formas para projetar, executar, controlar, revisar e melhorar continuamente a gestão de risco em toda a organização. Engloba o planejamento estratégico, tático, operacional e financeiro.
Atitude em relação ao Risco: Foco da organização para avaliar e se posicionar em relação ao risco.
Plano de Gestão: Caracteriza a abordagem, a gerência, os componentes e recursos que devem ser aplicados à gestão do risco.
Gestão de Risco: Caracteriza na aplicação sistemática das políticas de gestão, procedimentos e práticas para atividades de comunicação, consultoria, criação do contexto e da identificação, análise, avaliação, tratamento, acompanhamento e a análise de risco.
Estabelecer o contexto: É a definição de parâmetros internos e externos que devem ser considerados.
Comunicação e consulta: Processo contínuo e interativo que uma organização realiza quanto a obtenção e disseminação de informações.
Interessados (Stackholder): Pessoa ou organização que pode afetar, ser afetado ou perceber-se afetado por decisão ou atividade.
Identificação dos Riscos: Processo que visa encontrar, reconhecer e descrever os riscos. Envolve a identificação das fontes de risco, eventos, suas causas e possíveis consequências e podem incluir dados históricos, análise teórica e opiniões de especialistas e das partes interessadas.
Fonte de Risco: Elemento que, individualmente ou em associação tem o potencial para dar origem a risco intrínseco e pode ser tangíveis ou intangíveis.
Evento: Corresponde a aparência ou a mudança de um determinado conjunto de circunstâncias. Podem ser um ou mais casos, ter várias causas ou ser algo que não acontece.
Probabilidade: Possibilidade de algo acontecer.
Tratamento do Risco: Processo para modificar o risco.
Monitoramento: Controle contínuo que supervisiona e observa criticamente o processo de risco.
Revisão: Atividade realizada para determinar a aptidão, adequação e eficácia do assunto para atingir os objetivos.

Auditoria fundamentada nos Riscos Corporativos

A Auditoria compreende o exame minucioso das atividades do Gestor de Riscos quanto aos objetivos da Organização e sua correlação com a ISO 31000. A finalidade da Auditoria é o de identificar, entre outros:
- a metodologia adotada;
- riscos identificados;
- objetivo da organização;
- históricos e dados referenciados;
- fundamentos da sustentabilidade e perenidade;
- fundamentos econômicos;
- envolvimento da organização;
- fundamentos de previsibilidade;
- metodologias de contenção;
- relatórios, normas e procedimentos.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Níveis de credibilidade de Inteligência conforme o Mossad – Israel

Fato – Informação verificada, algo em que sua existência é sabida e/ou aconteceu.
Informação – Conteúdo de relatórios, reflexão sobre um assunto de inteligência que leva a avaliar que algo é factual.
Informação Direta – Informação que pode ser considerada factual devido a natureza das fontes.
Informação IndiretaInformação que pode ser ou não factual devido a alguma dúvida em relação a credibilidade da fonte. Falta de acesso direto.

quarta-feira, 9 de março de 2011

A Cultura das Organizações


A Cultura das Organizações compreende todos os comportamentos e orientações que dão sentido às atividades e interagem com indivíduos, estruturas e sistemas de ação, linguagem e comunicação. Ela não existe fora dos indivíduos que integram à empresa ou instituição. Também não é preexistente. Sua existência ocorre nas interações dentro da Organização. Os colaboradores e funcionários não são dependentes culturalmente da Organização, mas dependem da posição que ocupam na mesma.
A Cultura da Organização é construída por todo um complexo jogo de interações entre os grupos. Sua definição parte das microculturas dos grupos que dela fazem parte, se cruzando e coexistindo. Estas são criadas considerando o contexto próprio da Organização, especialmente diante da limitação formal do trabalho e da tecnologia utilizada. Uma mesma organização formal, acompanhada de uma mesma tecnologia, não leva necessariamente a uma microcultura idêntica.
A Cultura da Organização está situada na interseção das diferentes microculturas presentes no seu interior. Estas não estão necessariamente em harmonia. Relações de forças culturais surgem e se traduzem. Ela depende do ambiente que a cerca, ampliando as facetas de sua complexidade. A Organização moderna é muito dependente de seu ambiente econômico, cultura e social.

segunda-feira, 7 de março de 2011

Gerência dos Riscos

A origem da Gerência dos Riscos está no meio militar. Mas foi após a Segunda Guerra Mundial que a Gestão de Riscos ganhou o campo civil, quando grandes empresas americanas e européias contrataram profissionais que se tornaram responsáveis pela gerência e mitigação dos Riscos Corporativos.
Foi um novo início para a administração que passou a mensurar as probabilidades de perdas diante de cenários em constante instabilidade, estabelecendo parâmetros que relacionam custos X benefícios diante das potencialidades da organização X mercado.
A Gerência dos Riscos é questão central para a competitividade e sobrevivência das organizações.
Diante dos recursos finitos, a Gerência de Riscos surge para evitar que impactos negativos afetem de forma irreversível a existência da organização ou mesmo auferindo prejuízos de difícil recuperação.
Nas organizações, a proteção dos recursos e as mensurações de suas aplicações delinearão as potencialidades de ganhos e perdas ou de avanços e recuos.

TEORIA DIMENSIONAL DA INTELIGÊNCIA - Charles Kieling

A Teoria Dimensional da Inteligência – TDI se propõe a argumentar sobre as probabilidades teóricas que podem contribuir para o desenvolvimento e entendimento de análises, proporcionando que o Sistema de Inteligência obtenha produtos finais mais elaborados. Seu campo é a Segurança, a Inteligência e a Estratégia. Busca a racionalidade no cruzamento de informações que prospectem sobre os desdobramentos e dinâmicas dos alvos e suas projeções nos cenários passados, buscando fundamentação, bem como os desdobramentos em cenários futuros, buscando a previsibilidade dos desdobramentos e dinâmicas. A TDI rompe com o modo comum de fazer análises; ou seja, de forma plana e linear. Ao estabelecer os padrões da dimensionalidade, a TDI estabelece princípios lógicos que combinam com as estruturas funcionais dos microprocessadores, que além de ser nossa principal ferramenta, trabalham de forma dimensional.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Gestão em Foco

Paradigmas a serem quebrados pelos Gestores:
- As decisões financeiras são tomadas pelo contador.
- Poucos desenvolvem um planejamento financeiro.
- Poucos mapeiam recursos e investimentos para cenários de curto, médio e longo prazo.

Em decorrência desses paradigmas os seguintes resultados:
- Visão de cenário prejudicada.
- Estratégias inadequadas.
- Desconhecimento dos pontos fortes e fracos dos alvos.

Orientação:
Um planejamento financeiro formulado em bases fundamentadas, com prospecções de cenários condizentes aos recursos existentes, possibilitará uma administração estratégica com metas claras e atingíveis. Para os profissionais da segurança, as estratégias são consolidadas pelos trabalhos de inteligência, pois é por intermédio desse trabalho que é possível perscrutar os cenários futuros e, assim, definir as estratégias.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Circunstâncias usadas pela criminalidade organizada

Principais ações táticas do grupo criminoso:
- posicionamento defensivo durante a ação;
- a formação em triangulação no deslocamento com reféns;
- quando necessário, disparos de arma de fogo para estabelecer uma “fronteira” para raio de operações;
- o deslocamento em fuga dos criminosos se dá em formação de grupo defensivo; e,
- o posicionamento de um dos criminosos como líder de ação tática, organizando e liderando a dinâmica criminosa e o movimento sincronizado dos demais.

Estratégia criminosa:
- agem em cidade onde o efetivo da Brigada Militar é deficitário;
- agem no horário em que o movimento é reduzido;
- monitoram as rotinas das corporações, bancos e transportadoras;
- mantêm amplo campo de visão do espaço urbano;
- se deslocam no sentido contrário ao tráfego, tendo acesso imediato à rotas de fuga.

Inteligência criminosa:
- identifica o posicionamento da Brigada Militar na região e seu tempo de deslocamento;
- apostam que os Setores de Inteligência são vulneráveis para identificar preventivamente crimes sofisticados;
- identificam se no raio de ação não haverá oposição significativa em caso de fogo cruzado.

terça-feira, 1 de março de 2011

Metodologia para Prospecção de Cenários Corporativos

Ações a serem desenvolvidas:
1º- Definição do objetivo e trajetória: definir uma visão de futuro, com prospecção de dez anosc.
2º- Definição dos cenários prospectivos: estabelecer o cenário utópico, o de tendência e o de crise.
3º- Definição de atores e variáveis: definir os atores e as variáveis de cada cenários e utilizar o Método Delphi para selecionar atores e variáveis. Os atores para a construção destes cenários podem ser países, clientes, empresários e empregados e as variáveis podem ser política, economia, mercado, tecnologia, infraestrutura e educação.
5º- Elaboração da síntese dos cenários: após as etapas anteriores, elaborar a síntese de cada cenário.
6º- Conclusões: contextualizar as idéias do grupo prospectador, identificando as melhores alternativas de cenários.

Metodologia para Prospecção de Cenários: desenvolvida por Grumbach (2002)

Vários futuros são possíveis e todos eles estão relacionados ao passado.
1º- Definição do problema: estabelecimento da problemática, do objetivo e do recorte temporal e geográfico.
2º- Diagnóstico estratégico ou pesquisa do problema: identificam-se os atores e variáveis para definir-se:
- o histórico;
- a situação atual;
- os fatores portadores de futuro;
- a listagem preliminar de eventos;
- a planilha Delphi e impactos cruzados;
- a geração de cenários; e,
- a interpretação e hierarquização de cenários.
Elabora-se um diagnóstico de cada tema.
3º- Processamento dos dados: identificar as alternativas futuras e analisá-las em três etapas:
a) Compreensão: descrever a pesquisa e identificar dos elementos motrizes de futuro.
b) Concepção: identificar as potenciais rupturas de tendências nos cenários futuros.
c) Avaliação e interpretação das alternativas de futuro existentes: identificar as probabilidades da ocorrência de eventos futuros, a influência sobre os cenários e identificar os eventos definitivos.
Construir uma lista de eventos que deve ser cruzado no Método Delphi e Impactos Cruzados.
Devem-se construir cinco cenários alternativos:
a) o mais provável: aquele com grande probabilidade de ocorrer;
b) o ideal: contempla somente as variáveis positivas;
c) o exploratório otimista: desconsidera os fatores negativos e vislumbra variáveis positivas;
d) o cenário tendente: projeta no cenário os acontecimentos passados; e,
e) o exploratório pessimista: contempla somente as variáveis negativas.
Após deve-se interpretar e hierarquizar os cenários.
4º- Sugestões: análise dos resultados e execução das estratégias.

Metodologia para Prospecção de Cenários: desenvolvida por Godet (1993)

É composto de sete etapas:
1º- Delimitação do sistema e do ambiente: definir os objetivos e o recorte temporal e geográfico.
2º- Análise estrutural do sistema e do ambiente: listas variáveis e atores, analisando posicionamentos e influências assumidas no processo histórico, construindo uma matriz de cruzamento.
3º- Seleção das condicionantes do futuro: identificar os condicionantes dos cenários futuros e o grau de influência de cada um.
4º- Geração de cenários alternativos: com base nas condicionantes do futuro, realiza-se a análise morfológica, contextualizando as variáveis e seus possíveis comportamentos ou estados futuros, observando as estratégias dos atores.
5º- Elaboração dos cenários: contextualizam-se as variáveis, tendências e estratégias dos atores.
6º- Testes de consistência, ajustes e disseminação: verificar a coerência dos cenários e disseminar o que compõem a melhor estratégia.
7º- Opções estratégicas e monitoração estratégica: desenvolver o monitoramento dos cenários e apresentar opções para potenciais mudanças.

Metodologia de Prospecção de Cenários Criminais: desenvolvido por Charles Kieling (2004)

Objetos de análise:
Adolescente;
Constelação familiar;
Constelação de amizade;
Vítimas.

Perfis para cruzamento:
- Sócio-demográfico;
- Cultural;
- Sócio-econômico;
- Organizacional;
- Institucional;
- Psicológico.

Resultados :
- Identificação das áreas de risco e conflito;
- Identificação dos envolvidos
- Identificação dos criminosos
- realização de previsões sobre conflitos, delitos e ações do crime organizado.