terça-feira, 5 de abril de 2011

Clausewitz aplicano na Segurança Pública

No dizer do General Colin Powell, ex-secretário de Estado dos EUA, quando comandou as forças militares norte-americanas contra o Iraque: A mais profunda lição de Clausewitz para minha profissão foi a de que o soldado, apesar de todo o seu patriotismo, coragem e habilidade, representa apenas uma perna de uma tríade. Se as três pernas não estiverem empenhadas – as forças armadas, o governo e o povo –, o empreendimento não pode se sustentar.
Podemos depreender que o Estado deve usar os meios militares para alcançar os fins políticos, mas sempre apoiados na trindade que é composta por exército, governo e povo. Para Clausewitz os líderes políticos devem estabelecer os objetivos de uma guerra, ao passo que os exércitos devem atingir esses objetivos apoiados em suas estratégias e táticas.
Significa dizer que para qualquer intervenção ou ação militar, é necessário que existam objetivos políticos claros para mobilizar as tropas. Rejeitando-se o uso de “força limitada”, a fim de sempre agir escolhendo os meios e os resultados decisivos, concentrando força máxima e atingindo o centro de gravidade do inimigo.
Pontuando tal reflexão para a realidade do Estado, é afirmar que as ações na área da segurança devem ser tomadas em acordo com a orientação política. No Estado Democrático de Direito, as forças de segurança, por estarem subordinadas ao Estado, são dependentes das orientações políticas que estabelecem os objetivos de mobilização, ação e reação, com a finalidade de atingir os objetivos firmados.
A atenção dessa dinâmica se prende ao fato de que todas as mobilizações das forças de segurança geram conseqüências políticas. De forma que para qualquer intervenção ou ação policial é necessário que existam objetivos políticos claros para evitar danos à cidadania.
No Estado a trindade de Clausewitz pode ser traduzida como a composição entre: Polícia Civil e Brigada Militar; Governo do Estado; e, Sociedade.

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